Foi apresentada nesta segunda-feira, na 3ª Esquadra da cidade de Pemba, pela Polícia da República de Moçambique (PRM), uma quadrilha que se dedicava a assaltos a residências a nível da província de Cabo Delgado. O grupo é composto por quatro indivíduos, com idades entre 24 e 60 anos. Destes, três já estiveram anteriormente envolvidos em crimes, sendo que um deles atuava como receptador.
O processo de neutralização do grupo ocorreu na sequência de dois crimes registados recentemente na cidade de Pemba. Após o levantamento de informações e o mapeamento de um dos suspeitos, a polícia conseguiu localizá-lo e, no momento da sua detenção, foi possível também capturar outros dois comparsas no distrito de Montepuez.
Entre os bens recuperados pela PRM constam quatro televisores plasma, duas bíblias, um disco rígido e cinco telemóveis.
Em entrevista à imprensa, o principal suspeito confessou ter participado nos crimes, mas admitiu apenas o roubo de um telemóvel e de um plasma. Relatou ainda que, em Montepuez, ficou hospedado na casa da namorada, mas após alguns dias surgiram desentendimentos, o que o levou a mudar-se para a casa de um amigo, onde acabou por ser neutralizado pelas autoridades.
Já o receptador reconheceu ter comprado um telemóvel e um plasma do referido criminoso, mas alegou desconhecer a proveniência ilícita dos bens, pois, segundo ele, a mercadoria era entregue em caixas, com faturas, e foi adquirida na residência do próprio criminoso, na presença de familiares.Por sua vez, outro dos integrantes do grupo, que acolheu o primeiro suspeito depois de este ser expulso da casa da namorada, negou envolvimento nos crimes. Declarou estar ocupado em resolver um processo judicial relacionado a delitos anteriores e que se encontrava sob Termo de Identidade e Residência quando a polícia chegou para deter o amigo, acabando todos levados.
Entre os detidos, consta ainda um idoso de 60 anos, que, segundo a PRM, também tem antecedentes criminais.
A porta-voz da PRM em Cabo Delgado, Eugênia Nhamussua, destacou que a polícia continua a trabalhar em estreita colaboração com a comunidade, uma vez que não dispõe de mecanismos suficientes para monitorar toda a extensão da cidade, contando, assim, com as denúncias e o apoio dos cidadãos no controlo de indivíduos de conduta suspeita.
Outros integrantes do grupo continuam a monte, mas diligências estão em curso para a sua localização e neutralização.
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